O uso do som em falsos documentários de horror

Existentes desde o pioneiro “Canibal Holocausto” (1980) e populares desde “A Bruxa de Blair” (1999), os falsos documentários de horror lidam, na dimensão sonora, com um conflito entre dois princípios da poética do cinema: a verossimilhança e a legibilidade. Se o filme de ficção exige clareza narrativa – no som, isso requer legibilidade -, o filme de “found footage” demanda também certo grau de imperfeição na apresentação sonora, o que dá à trama credibilidade documental.

Na minha pesquisa atual, tento examinar o uso do som nesses filmes, a fim verificar de como os diretores estão lidando com essa contradição.

O vídeo a seguir traz a íntegra da apresentação que fiz no encontro anual da SOCINE, em setembro de 2011, na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

10 comentários em “O uso do som em falsos documentários de horror

  1. Não sei sobre a pesquisa, mas o video só trata dos falsos documentários de terror.
    Sequer tocou no assunto dos “mockumentários”, gênero muito em voga nos seriados norte-americanos, entre eles The Office, Parks and Recreation e Modern Family.

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  2. A pesquisa é especificamente sobre falsos documentários de horror, Adriano. Isdso está dito no título do texto e na apresentação, aliás. Foi por isso que me preocupei, inclusive, em definir “horror” enquanto gênero. Abraços.

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  3. Rodrigo, não sabia por qual post ou email escrever, então tive de vir por meio deste. Recentemente assisti ao filme Contra o Tempo, e gostaria, se possível, de ver sua crítica sobre o filme. Gosto bastante de suas análises.

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  4. Oi, Rodrigo! Admiro faz tempo suas críticas. Acho que a maior qualidade delas é que são concisas, despretenciosas e tentam esconder que também são escritas por alguém que é apaixonado por cinema. É um grande prazer para mim, depois de assistir a algum filme, seja ele bom ou ruim, encontrar uma crítica sua para me informar (e às vezes me encantar) ainda mais. Suas dicas também nunca me falharam e já me valeram inesquecíveis experiências cinematográficas. Um forte abraço!

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  5. Davi, obrigado pelo comentário. Fico feliz mesmo. Bem que eu gostaria de conseguir ser mais conciso, e especialmente de ter mais disposição e tempo pra dedicar ao site, mas isso é o que tenho conseguido fazer. Tomara que melhore em 2012. Abraço!

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  6. Ontem vi “A Filha do Mal”, que também faz o estilo documentário.
    Até procurei pra ver se achava uma crítica aqui, mas não encontrei. Espero que em breve apareça!
    =)
    Gosto bastante dos seus textos e me identifico com a maioria das opiniões.
    Fiquei super decepcionada com o filme, praticamente todas as cenas de terror estão no trailer…
    Filmes realmente bons de terror estão cada vez mais difíceis, né?
    Abraço!

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  7. Eu não tinha lido nenhum comentário antes de ver o filme, mas apesar de ter saído decepcionadíssima, sou obrigada a dizer que tem lá seus méritos.
    A atriz que faz a mãe tem uma atuação muito convincente e as cenas de terror são mesmo boas. Nada que fuja muito do que já foi feito, mas dá uma tensãozinha. Não é aqueeeele terror terrível nem um terror pra família, tá no meio.
    Tenta dar um outro enfoque para filme de exorcismo, mas falta chegar lá.
    A gente (nesse caso falo de mim mesma) tem a mania de dizer “é péssimo”, “é incrível”.
    Tenho me policiado pra ver os dois lados, pra conseguir enxergar as coisas boas até em filmes ruins.
    Por isso acho que mesmo sendo um filme que não gostei vale a pena ver.
    Abraço!

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