Todo mundo que me acompanha no site, no blog, no Twitter ou no Facebook sabe que venho, desde o começo do ano passado, pesquisando e escrevendo uma tese de doutorado sobre a obra de Sergio Leone. Além de analisar estilisticamente os filmes, procuro refletir os motivos pelos quais eles não foram muito estudados.
Um trecho desta segunda parte foi publicado pela revista Lumina, da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG). Ele pode ser lido na íntegra aqui (formato PDF).
O artigo, cujo título é “O dia da desforra: a trajetória do spaghetti western na cultura midiática”, parte do conceito de Grande Divisor (Andreas Huyssen) e examina a hipótese de que as reações negativas dos críticos têm a ver com esse princípio, que deriva de uma barreira modernista imposta contra a influência supostamente nociva da cultura de massa no que teóricos como Adorno chamavam de “arte pura”.
O artigo publicado na Lumina complementa um outro artigo (já publicado na revista Icone, da UFPE, e disponível aqui).
Aqui o link do post no CR que leva para o artigo publicado na revista Lumina: http://www.cinereporter.com.br/blog/outro-artigo-academico/
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Rodrigo, o que fez voce escolher a obra de Sergio Leone para a sua tese de doutorado?
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Basicamente o fato de ele ser meu diretor favorito, além de ter a obra pouco estudada – muito menos do que contemporâneos como Godard e Truffaut. É isso que está no centro do debate desse artigo, aliás. Se a gente considerar que ele foi tão bom quanto esses nomes ilustres, por que então as pessoas não perceberam isso? Minha hipótese é que foi porque ele trabalhava com filmes populares, e os críticos já vão ver esses filmes com os dois pés atrás.
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Meu diretor favorito também é Sergio Leone, e sempre me questionei por que ele nunca teve a devida atenção. Mesmo alguns cinéfilos o desprezam sem o conhecer. Em geral existe um certo preconceito contra o western em meios digamos mais “intelectuais”. Foi uma grata surpresa a ler estes artigos, e muitas coisas eu já tinha pensado superficialmente. Gostei bastante.
Quando a tese estiver pronta seria muito legal se compartilhasse ela conosco.
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http://www.cinereporter.com.br/blog/outro-artigo-academico/
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Sinceramente, só fui dar realmente atenção a Leone depois de Tarantino. Hoje sou um grande fã do cineasta italiano.
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Rodrigo, li seu segundo artigo ontem e achei-o excelente. Especialmente pela maneira como você argumentou como a crítica deixou passar despercebida a obra de Sergio Leone, num primeiro instante, para, depois, reconhecer seu valor. Pena que isso é algo mais comum do que se imagina e não acontece somente com o Leone. Parabéns novamente!!!
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Obrigado, Kamila. E com certeza você tem razão sobre os outros cineastas. 🙂
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