O primeiro grande filme de Steven Spielberg vai passar à história como a obra que cunhou, sem querer, o conceito de blockbuster, modificando toda a relação de forças da indústria cinematográfica. No entanto, considerá-lo uma mera aventura/suspense, um pedaço de entretenimento fácil para tardes monótonas, é uma tremenda injustiça para com um dos filmes mais bem acabados de um cineasta cujo domínio sobre a construção da narrativa é comparável ao do mestre Alfred Hitchcock.
Videocast: Tubarão
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Publicado por Rodrigo Carreiro
Professor de Cinema e Audiovisual na UFPE e editor do Cine Repórter. Ver todos os posts por Rodrigo Carreiro
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Bem esclarecedor.
Gostaria de ter sido possível participar da oficina de cinema pra entender os filmes mais detalhadamente.
De qualquer forma, curti o videocast.
Abraço
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amei o vidocast! bom que agora tenho aulas em ksa! ainda bem que acompanho o site nos meus feeds!
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Obrigado pelos comentários, amigos. São um ótimo incentivo para que venham outros.
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Orra, Rodrigo, muito interessante o videocast. Parabéns. Só discordo quando você diz que Spielberg é ‘o descendente direto de Hitchcock’ – ou do Capra, como dizem por aí. Pra mim, ao contrário do britânico, Spielberg é limitado(ou limita-se) no que tange à profundidade dos personagens e mesmo no desenvolvimento do tema.
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Bem, a comparação do Hitchcock é no sentido, como deixei claro no texto, do domínio na construção da narrativa. Mas pra ser sincero, Paolo, construção de personagem também não era um forte do mestre do suspense (que é, ao lado de Billy Wilder e Sergio Leone, meu diretor favorito). E ambos são/foram coerentes do começo ao fim no que tange à obsessão em retrabalhar os mesmos tema, filme após filme.
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Puxa!! muito bom o video!!! deu muita vontade de rever o filme.. parabens Rodrigo.
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foi muito legal ver isso…..kkkkkkkkkk
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Sim, entendo o sentido, Rodrigo. Mas essas comparações são sempre complicadas, porque há uma diferença qualitativa e inventiva no domínio da narrativa. Os planos que você comentou são todos bem feitos, objetivos, o mínimo que se espera de um diretor de blockbuster consagrado. Mas seria interessante comentar, por exemplo, Os Pássaros ou Psicose, e mostrar, sei lá, a cena do chuveiro e apontar a inventividade, a precisão absurda dos ângulos, a influência e mesmo a objetividade daquilo, enquanto Spielberg simplesmente domina o artifício.
Ademais, acho que, mais do que Hitchcock, Wilder, Capra, dois caras que dominaram e refinaram a narrativa e, conseqüentemente, eleveram o cinema como arte são Tarkovski e Antonioni – nem vou citar Welles. rs
Espero mais videocasts porque ter uma aula de graça com quem ama e entende de cinema, como você, é algo deveras aprazível.
Abração.
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Rodrigo, que papo é esse de a NBC Universal proibir o vdeocast? Pelo que sabemos, você não lucrava com isso. Não é à toa que a pirataria venceu o insensível, obtuso, ganancioso e burro mercado formal. Lamentável!
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Não tinha visto isso, Gilx. É uma pena que tenha acontecido. Mas é isso, você tem razão no seu comentário. Vou tentar ver uma maneira de disponibilizar o vídeo em outro lugar.
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haha…
eu também aderi ao vimeo logo que o youtube bloqueou o audio dos meus filmes..
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Tubarão é filmaço.
um dos melhores de Spielba, se não o melhor.
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