Videocast: Cidadão Kane

Quando assisti pela primeira vez ao filme de Orson Welles, estava no primeiro período da faculdade de Jornalismo e entrei na sala achando que veria um filme que mudaria minha vida. Tive uma decepção. Precisei de muitos anos para entender que somente uma contextualização adequada da obra explicava, em detalhes, o tamanho das inovações que o diretor, então com 26 anos, realizava em um único longa-metragem. Conheça algumas dessas inovações.

20 comentários em “Videocast: Cidadão Kane

  1. Tive a mesma sensação quando vi Cidadão Kane pela primeira vez. Única diferença é que eu estava no terceiro período. Gostei vídeo-aula, Rodrigo, apesar de já ter visto ao vivo outras vezes. 😀

    Continua com essa idéia, é muito boa. Tu já fez uma listinha de filmes a serem abordados ou está aberto a sugestões?

    abs

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  2. É, Hugo, você não vale. Viu pelo menos duas aulas completas, uma delas de quatro horas, sobre esse filme. Não dá pra comparar, né? 😉

    Sim, aberto a sugestões. Tenho uma listinha básica já organizada, mas não tem nada certo. O único critério fundamental é que precisa ser um filme que eu conheça bem… por razões óbvias.

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  3. Muito bom. Alguns pontos eu já tinha lido a respeito, e assisti ao filme algumas vezes, mas ainda não tinha a exata noção da grandiosidade técnica.

    Abraço

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  4. Muito bom!

    Assim como Hugo, eu também já tinha conhecimento de algumas coisas, mais especificamente sobre o contexto hitórico (quem assistiu ao documentário que vem no DVD duplo do filme deve saber), mas nunca tinha ouvido alguém falar com detalhes sobre a parte técnica do filme. Excelente, e que venham mais!

    Parabéns Rodrigo!

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  5. Excelente sacada esse videocast. O Cinereporter e seus leitores, agora espectadores, só têm a ganhar. De agora em diante, vou bater o ponto aqui. Só uma crítica (construtiva, claro!): tenta captar melhor o áudio. A necessidade de condensar informações em pouco tempo às vezes atrapalha a compreensão. O conteúdo, pra variar, tá dez. Abração, Rodrigo.

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  6. Obrigado pelos elogios, pessoal. Fiquei feliz com a repercussão. Quem quiser também pode mandar sua sugestão para os próximos.

    Bruno, o problema do áudio vai ser mais complicado de resolver. Afinal, a captação é amadora. Preciso aprender a usar um bom software de edição de áudio. Já tentei três, nenhum com resultados além do razoável. Aos poucos, pretendo resolver isso.

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  7. Sensacional. Terminei de ver querendo mais. Cidadão Kane, impressionante, um filme de 1941 com técnicas utilizadas ate hoje. Impressionante mesmo. Adorei a aula.

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  8. Muito boa a idéia, espero que se repita várias vezes. Algumas sugestões para os próximos: A Grande Ilusão (Renoir), Vertigo (Hitchcock), Era Uma Vez em Tóquio (Ozu), Ladrões de Bicicletas (De Sica), Blow-Up (Antonioni), O Terceiro Homem (Reed), M – O Vampiro de Düsseldorf (Lang), etc.

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  9. Caramba, Sandoval, só belezinha. Colocaria algum de Kubrick (Dr. Fantástico), Cassavetes (Faces) e de Fuller (Beijo Amargo) aí no meio. Mas acho que o passo mais didático seria Hitchcock (Pacto Sinistro). Ou, por que não, algum de Sergio Leone! 😛

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  10. Hugo e Sandoval, vários dos filmes citados renderiam ótimos videocasts. Hitchcock e Sergio Leone, com certeza, estarão entre os próximos. De Sica também está na fila (só que com “Umberto D”). Os citados de Reed e Lang são maravilhosos também. Só que eu vou precisar de tempo pra fazer tudo isso. Com calma a gente chega lá. 😎

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  11. Eu não posso ver vídeo aqui no trabalho hehehehehe. Mas tenho a edição dulpa em casa. Já vi o filmes, gostei muito mas já havia lido várias coisas sobre ele antes disso (e matei a charada do significado nome – isso eu nunca havia lido hehehe). Agora o dvd2 de documentários ainda não tive tempo de ver embora conheça boa parte da história. Sem dúvida um filme único pela sua importância. Considero que muitas vezes um filme importante não necessariamente um filme muito bom, espetacular. Parece contraditório mas não acho. O Poderoso Chefão, por exemplo, acho bem melhor do que Cidadão Kane mas acho Cidadão Kane muito mais importante pra história, linguagem e aperfeiçoamento da “arte” chamada cinema. Pulp Fiction é outro que o cara pode até não gostar muito(eu adoro) mas sua importância e as mudanças que trouxe é inegável.

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  12. Por favor, troque “Umberto D” por “Ladrões de Bicicletas”. O primeiro é ótimo, mas o segundo é uma das coisas mais sublimes que o cinema já fez. Eu tinha esquecido de colocar na lista acima Fellini (8 1/2) e Eisenstein (O Encouraçado Potemkin), que também são indispensáveis.

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  13. Sandoval, gosto muito dos dois citados do De Sica, mas prefiro “Umberto D”. Sou fissurado no terceiro ato desse filme, que quase não tem diálogos e mesmo assim pra mim ilustra de forma belíssima o drama daquele homem.

    Ah, Robson, aí vai uma dica: assista a um filme do Godard chamado “Bande a Parte” (1964). Você vai ver como Tarantino tirou muita coisa de “Pulp Fiction” e “Cães de Aluguel” dali. Sem falar que o nome da produtora de Tarantino é exatamente “Band Apart”. Não é coincidência.

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  14. CONFESSO QUE TINNA UMA CERTA RELUTÂNCIA COM RELAÇÃO A KANE. HÁ MENOS DE UM ANO REVI O FILME E DECIDIDAMENTE ME CERTIFIQUEI QUE É SIM O MAIOR DE TODOS OS TEMPOS. TA CERTO QUE ME REFERIA APENAS AO BRILHANTE ROTEIRO, AS ATUAÇÕES PERFEITAS E TODO O CONTEXTO DO FILME. ESSA AULA DADA POR RODRIGO ME ACRESCENTOU A PARTE TÉCNICA ESPETACULAR.

    PARABÉNS E FICO AGRADECIDO POR ESSA BEM BOLADA AULA TÉCNICA . ESTOU SEMPRE POR AQUI E CINE REPÓRTER É UM DOS MEUS SITES PRINCIPAIS PARA CONSULTA E ESTUDO.
    ABRAÇOS

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  15. Nunca assisti a Cidadão Kane e, embora seja muito ligado a cinema, porém apenas um leigo, nunca me despertou o interesse real para assistir a este filme. E, logicamente, é quase unânime dizer que todos falam que Kane é o filme mais importante da história do cinema! Heresia de minha parte? Talvez, mas só gosto de ver filmes quando realmente sinto vontade…. e confesso que com esse videocast, Rodrigo, estou louco para ver o quanto antes! E tentarei me despir deste respeito enorme que você comenta no início do video… aconteceu-me o mesmo quando fui assistir a O Exorcista pela primeira vez e quase não senti medo de tanto ouvi falar na obra.

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  16. Godard é muito chato. Gostaria que vc me explicasse a comparação entre ele e Tarantino? Se fosse Truffaut, eu até entenderia mesmo os dois nada a ver. Agora comparar Três Homens em Conflito e Tarantino quanto à música, aí sim. Eu diria que ele aprendeu a lição bem direitinho. O que seria daquele final naquele cemitério não fosse aquela música? Eu fiquei tontinha só assistindo. Acho que a música teve papel fundamental para que o filme se tornasse eterno. Redimiu o safado e reiterou a dignidade do “quase malvado”. Aliás, “The Good, The Bad and The Ugly” deveria ter tradução à altura porque eles tinham tudo menos conflito. Cada um acreditava no que queria e defendia seu ponto de vista. O conflito na verdade era contra os outros. A boa arte nos mostra que quanto mais universal, melhor a obra.

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  17. Glória, não é comparação. Tarantino tirou muita coisa do primeiro Godard, o dos anos 1960, que sinceramente não me parece nem um pouco chato (isso é um tremendo clichê que as pessoas às vezes repetem sem sequer tentar conhecer a obra dele). Muito da estrutura narrativa, do trabalho com som e dos toques de metalingüagem de Tarantino são inspirados em Godard. O quadrado que Uma Thurman desenha com as mãos em “Pulp Fiction” é puro Godard.

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